quarta-feira, 30 de abril de 2014

O QUE E DOR ???

O que é

Dor é uma experiência sensorial ou emocional desagradável que ocorre em diferentes graus de intensidade – do desconforto leve à agonia –, podendo resultar da estimulação do nervo em decorrência de lesão, doença ou distúrbio emocional.

É uma experiência complexa que envolve o estímulo de algo nocivo e as respostas fisiológicas e emocionais a um evento.

Em casos de dores fisiológicas, a percepção ocorre graças à nocicepção: terminações nervosas independentes dos neurônios localizadas fora da coluna espinhal, no gânglio de raiz dorsal, são estimuladas mecânica, elétrica, térmica e quimicamente, transmitindo seus sinais por fibras nervosas até os neurônios sensoriais da medula.

Este processo libera glutamato, um neurotransmissor responsável por enviar a informação de neurônio a neurônio até o tálamo. Lá, a mensagem é distribuída ao cérebro, onde ocorre o reconhecimento consciente da dor.

A percepção da dor pode variar não somente de uma pessoa para outra, mas também de acordo com a cultura, sendo transformada por muitos fatores. Portanto, é uma resposta subjetiva: cada indivíduo aprende a sensação por meio de experiências relacionadas com lesões no início da vida.

Tipos

Dizemos que a dor é localizada quando se restringe a uma região específica do corpo, como em um corte no dedo. A dor pode também ser difusa, como nos casos da fibromialgia.

dor aguda se manifesta transitoriamente por um período curto e na maioria das vezes com causas facilmente identificáveis. Funciona como um alerta do corpo para lesões em tecidos, inflamações ou doenças, centralizada primeiro e depois capaz de se tornar difusa. Clinicamente, uma dor crônica é aquela que excede seis meses, sendo constante e intermitente. Quase sempre está associada a um processo de doença crônica.

Quando ocorre uma lesão na pele, receptores sensoriais (terminações nervosas) que enviam sinais que causam a percepção da dor são ativados nos tecidos cutâneos inferiores. São as dores cutâneas, localizadas e de curta duração, como queimaduras de primeiro grau e cortes superficiais.

Uma dor somática tem origem nos ligamentos, ossos, tendões, vasos sanguíneos e nervos. Poucos receptores de dor nestas regiões produzem uma sensação maçante, mal localizada e de maior duração. É a dor que uma pessoa sente quando quebra o braço ou torce o tornozelo, por exemplo.

dor visceral se origina dentro dos órgãos e cavidades internas do corpo. Com menos receptores sensoriais ainda nestas áreas, produz uma sensação dolorida e de maior duração do que a dor somática, muito difícil de localizar – sendo muitas vezes associada a partes do corpo totalmente diferentes do local da lesão pelo paciente. O ataque cardíaco é um bom exemplo, podendo primeiramente causar dor no ombro, estômago, braço e na mão.

Curiosidades

Patos, em grego, significa sofrimento. É a raiz de patologia, estudo das mudanças estruturais do corpo causadas por doenças. Muitas pessoas relatam dor na ausência de lesão ou de qualquer causa fisiopatológica provável – normalmente por motivos psicológicos. Por este motivo, a definição de dor não se subordina necessariamente ao estímulo. A dor do membro fantasma, por exemplo, é uma sensação universalmente relatada por pessoas com membros amputados. Nestes casos a dor é associada ao membro ausente.

A dor neuropática (nevralgia) pode ocorrer como resultado de um ferimento ou doença do tecido nervoso propriamente dito. Essa sensação pode afetar a capacidade dos nervos sensoriais de transmitir informações corretas para o tálamo, causando uma interpretação errada dos estímulos dolorosos.

O cérebro não é capaz de sentir dor. Assim, a dor de cabeça não é uma dor no cérebro. Uma explicação para esta ausência de receptores seria a necessidade de proteção de um órgão extremamente vital ao organismo, que poderia elevar o risco de morte caso também estivesse envolvido na sensação de dor.

Analgésicos, medicamentos para aliviar ou parar a dor bloqueiam os sinais de dor antes deles chegarem ao sistema nervoso central, como a benzocaína, ou pela interferência na forma como o cérebro interpreta os estímulos, como é o caso da acupuntura – ela  “desativa” áreas cerebrais associadas à interpretação da dor.

Principais doenças relacionadas

Embora algumas doenças se manifestem de forma assintomática e sem causar dores, como é o caso de alguns tipos de câncer primários, a maioria é percebida de forma bastante dolorosa:

- Tonsilite (amidalite)

- Apendicite

- Artrite

- Ataque cardíaco

- Bursite

- Cefaleia em salvas

- Ciática

- Colite ulcerosa

- Doença pulmonar

- Disfunção temporomandibular e dor orofacial

- Dor de cabela Tensional

- Dor de ouvido

- Enxaqueca

- Fascite plantar

- Fibromialgia

- Gastrite

- Gota

- Hemorroidas

- Hérnia de disco

- Infecção do trato urinário

- Infecção aguda no ouvido

- Meningite

- Nevralgia do trigêmeo

- Osteoartrite

- Otite

- Pedra nos rins

- Rompimento do Menisco

- Tendinite

- Úlceras
 

ESTOU COM MUITA DOR NA COLUNA

Dor na Coluna

 

       Sintomas relacionados a problemas na coluna podem se apresentar de muitas formas:

  • dor que parece aperto, pontada – localizada na coluna;
  • formigamento, dormência, queimação, ardência, pontadas, agulhadas nos membros (pernas, pés, nádegas, ombros, braços e mãos);
  • dor na coluna, pernas ou braços que varia de intensidade ou localização de acordo com posições ou movimentos (dor que anda);
  • dor influenciada por estado emocional ou estresse;

 

 

 

DOR LOMBAR

            A dor lombar afeta quase todas as pessoas em algum momento da vida adulta e é um incômodo crônico muito comum. Em geral é descrita como lombalgia, hérnia de disco, contratura muscular, artrose, lombociatalgia, etc.

Se um engenheiro avaliasse a região do corpo mais suscetível à tensão mecânica, chegaria à conclusão que é logo acima da junção com a pelve. Estatisticamente falando, a lombar é a região que apresenta problemas para a maioria das pessoas. Cerca de 80% a 90% da população mundial se não teve, vai experimentar sintomas nessa região em algum momento da vida.  

A dor lombar associada ou não a sintomas (dor, dormência, formigamentos, etc.) nas pernas, é a principal causa de incapacidade para trabalho em adultos com menos de 45 anos. Os custos totais com dor lombar são maiores que de qualquer outra doença com análise econômica disponível nos Estados Unidos.

A lombalgia é considerada uma das doenças mais importantes a serem combatidas nesse início do terceiro milênio e a palavra de ordem para seu combate é prevenção! A tendência natural é esse quadro piorar cada vez mais devido a vários fatores, como o aumento da longevidade da população e o estilo de vida moderna – sedentarismo e posturas mantidas.

Pesquisas apontam que algo em torno de 60% a 75% das pessoas que têm dor lombar uma vez desenvolverá problemas crônicos e recorrentes na coluna.

            Em geral, sintomas na região lombar aparecem sem aviso prévio e sem razão aparente. E acabam interferindo nas mais diversas atividades do dia a dia, como se movimentar livremente, ter uma boa noite de sono, se vestir, cuidar da casa ou jardim, dirigir, permanecer sentado, entre outras.

 

DOR CERVICAL    

           
 Problemas no pescoço assumem diversas formas tais como: artrite, artrose, hérnia de disco, torcicolo, cervicobraquialgia, etc.

            A maioria dos indivíduos vai sofrer de dores na região do pescoço, ou de sintomas que a partir do pescoço são sentidas nos ombros, na escápula, no braço e até mesmo na mão.

            Além disso, boa parcela das dores de cabeça podem ter sua origem na coluna cervical. Esse tipo de dor de cabeça se mostra geralmente de forma assimétrica (dor somente de um lado, ou mais de um lado da cabeça) e pode assumir a região em volta dos olhos, testa, lateral da cabeça e pescoço. É uma dor que pode variar de intensidade de acordo com posturas e movimentos da coluna cervical.

 

 

CAUSAS DE DOR

 

            Aproximadamente 90% das dores nas costas não têm causa identificável ,são chamadas por não-específicas, . As dores específicas associadas a problemas mais graves ficam com a minoria dos casos (<2%) e estão relacionadas a infecções, fraturas, cânceres, etc., já as dores específicas associadas a problemas de compressão da raiz nervosa representam menos de 10% dos casos.

 

Dor não-específica

          

             As dores não-específicas podem estar relacionadas a inflamações na coluna em decorrência de alguma lesão ou doença inflamatória – dor química, ou estarem associadas a desequilíbrios musculares, degeneração das articulações da coluna e serem de origemmecânica, que são as mais comuns.

A dor química é geralmente constante e piora com qualquer movimento da coluna, tende a se resolver em pouco tempo e pode se transformar em dor mecânica

A dor mecânica, causada por problemas em partes móveis, pode se apresentar de muitas formas, mas em geral é intermitente. Certos movimentos e posições podem levar ao aparecimento, agravamento ou, até mesmo, ao alívio da dor. Além disso, a dor mecânica geralmente está ligada à dor durante o movimento, e à diminuição da amplitude normal dos movimentos da coluna por dor e/ou travamentos.

Os fatores que estão mais definidos na literatura como sendo predisponentes para o aparecimento de dor na coluna e podem aumentar de 3 a 5 vezes o risco de aparecimento de sintomas, são: estresse postural mantido e inadequado (ex. sentar ou curvar por longos períodos); levantar pesos frequentemente; vibração em todo o corpo (ex. dirigir); curvar frequentemente. Além disso, o estilo de vida sedentário também tem sido apontado como grande contribuinte para o aparecimento de dores mecânicas no corpo.

A maioria das atividades diárias atuais envolve a perda da lordose (lombar e cervical) geralmente observada quando uma pessoa se curva, como quando senta ou inclina pra frente, ou quando permanece em posturas relaxadas. Quando isso ocorre por longos períodos ou frequentemente os ligamentos podem se tornar fatigados e se distenderem em excesso podendo romper e causar episódios de dor na coluna.

Além disso, quando dobramos o corpo pra frente, e fazemos isso inúmeras vezes todos os dias, estamos empurrando o núcleo do disco intervertebral para trás, e como geralmente não compensamos esse movimento acabamos por sobrecarregar ainda mais os ligamentos posteriores que mantêm o núcleo do disco no lugar – e contribuímos para o aparecimento da dor discogênica, que tem sido apontada como a origem mais comum de dor lombar. Podemos fazer uma analogia com um guarda-roupa que todo dia você vai e empurra um cobertor para o fundo, para que possa fechar a porta – o que acontece é que mais cedo ou mais tarde, dependendo da resistência desse fundo, ele vai ceder e vai precisar ser reparado.

 

O disco intervertebral tem sido apontado, nas pesquisas recentes, como a fonte mais comum de dor persistente. Lembrando que podem existir outras causas mecânicas envolvendo os ossos, músculos circundantes, ligamentos, articulações facetárias, nervos e vasos sanguíneos. Além disso, desordens mecânicas da coluna também podem resultar em neuropatias - lombociatalgias e cervicobraquialgias, como a ciática.

 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

QUANDO A DOR CRÔNICA É NOS NERVOS...

QUANDO A DOR CRÔNICA É NOS NERVOS…

Queima, arde, dá choque, dormente, formigas andando. São alguns indícios de que a dor está vindo dos nervos.

A dor de origem do nervo (Neurogênica) é um alerta importante e que pode rapidamente ser chamada de dor Neuropática quando o nervo está doente.

Para entendermos melhor, vamos fala estilo papa léguas de anatomia.

O sistema nervoso não é burro, claro, só para algumas coisas. Cada parte tem sua proteção própria e a dos nervos é chamada “nervi nevorum” ou “nervo do nervo”.http://fisioterapiahumberto.blogspot.com/2010/01/o-nervi-nervorum.html É um conjunto de pequenas molas que funcionam como um super sensor de movimentos e de inflamação. Ao menor sinal de problemas logo dedura e apita na forma de dor.

Isso funciona para os nervos que chamamos de periféricos e estão longe do centrão da cidade ou sistema nervoso central (medula e cérebro) e longe também dos autônomos que mandam neles mesmos (sistema nervoso autônomo).

A dor do centrão da cidade é muito mais forte e acontece quando houve algum problema na fonte de transmissão da Light (tumores, lesão medular ou traumatismo craniano), CEDAE (derrame) ou explode tudo mesmo (esclerose múltipla).

A dor dos autônomos também é heavy metal. Uma muito frequente é a Síndrome Complexa de Dor Regional. Quem mandou mexer com ele????

A dor do nervo da periferia mostra algum problema ocorrendo nos cabos da transmissão: A rede pode estar falhando (patologias), apresentando defeitos corriqueiros (nervo comprimido) ou de fabricação (doenças congênitas), estar sobrecarregada (inflamação), chamando a atenção (nervo carente).

Algumas das dores de nervos mais comuns: ciática, neuralgia do trigêmeo, nervos do pescoço, pós-herpes zoster.

Sabendo-se disso, quando então?

Queima, arde, dá choques, dormente, pontadas / pregos / tachinhas e agulhadas furando, formigas andando são tipos de dor dos nervos.

Não melhora com repouso

É constante ou tem episódios abruptos e insuportáveis de dor

Piora a noite normalmente e também piora com a temperatura fria

Sensação de enrijecido na região que dói (acontece muito na mão)

Às vezes tem diminuição da força dependendo de onde se sente a dor.

Às vezes tem diminuição da sensibilidade da pele no toque (hipoestesia) ou aumento (hiperestesia), diminuição da sensação de dor no teste da agulha (hipoalgesia) ou aumento (hiperalgesia) ou ainda sentir dor só de passar a mão na pele, vento, tecidos de roupas (alodínea).

O grande problema na dor crônica dos nervos é esta não tem cura, mas tem como aliviar e ter controle. Por causa de curtocircuitos no cérebro e na medula, a dor se manteve ativando as áreas que nada tinham a ver com isso e está funcionando com a transmissão comprometida aonde as informações que chegam são pouco confiáveis. Enquanto o sistema de entrega dos correios do nosso cérebro não se ajustar com a central (neuromatrix), a dor continuará a persistir.

Para que o tratamento destas dores tenha efeito, mesmo que apenas o alívio, o cérebro deve novamente aprender coisas básicas, como se tivesse que voltar a escrever na máquina ou as letras do alfabeto. Trocar o funcionário (medicações) ajuda em parte, porém ir à fonte provoca mais impacto sempre. Quem não quer sempre tentar resolver o problema na fonte?

Se tudo isso fosse simples, os médicos hoje não precisariam implantar chips de computador (eletrodos) na medula ou no cérebro para reverter o curtocircuito.

Mas, mesmo com tanta coisa moderna, não muda a atitude e comportamentos das pessoas com dor crônica nos nervos. A dor não é tão difícil de controlar se levarmos em conta o quanto a dor causa perdas materiais, pessoas, financeiras, sócias e psíquicas. Isso nenhuma medicação, eletrodo, fisioterapia pode reparar.

abraços

Artur Padão Gosling – Pada

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segunda-feira, 21 de abril de 2014

UM DESABAFO DE QUEM SOFRE COM DOR CRÔNICA

Boa noite venho relatar mais uma vez que estou passando um aperto danado com a coluna doendo, no dia 14/04/14 fui recarregar a bomba esperava que as dores melhorassem mais, mas até agora nada ainda está doendo e uma dor insuportável, que está irradiando para a perna esquerda aonde estou com as pontas dos dedos, dormentes e isso tudo não passa de jeito nenhum será que estou fadado a passar por isso o resto da vida, estou tomando o Velija 30mg e fluoxetina 20mg pra que realmente tomar esses remédios e fingir que esta tudo bem sendo que não esta nada bem ? Ando muito nervoso com tudo isso essas dores intensas que não passam e sei que o medico também está muito empenhado a me ajudar e fazer o que,só tenho a agradecer a ele. E espero que me ajude. A resolver isso não queria muito apenas ter 80% de qualidade de vida, poder dormir mais coisas normais que qualquer ser humano tem direito e o que não estou tendo venho sofrendo desde 2006 quando fiz a primeira artrodese, de lá pra cá nunca mais fui o mesmo... Deixo aqui meu desabafo e me desculpe qualquer coisa apenas tem momento que temos que desabafar, não quero passar imagem de coitado e muito menos que tenham dor de mim e sim poder viver sem reclamar dessas dores simples ... Deixo aqui uma dica nunca duvide de quem sofre de dor crônica porque fazendo isso você não está ajudando!!! E quando e da família o preconceito ainda e bem pior, procure a ajudar boa noite/ bom dia 


Claudiney C de oliveira 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

DOR CRÔNICA E DOENÇA. VOCÊ SABIA

Dor crônica é doença. Você sabia?

"É só uma dorzinha nas costas". Quantas vezes você já ignorou a sua dor, encarando como algo natural e corriqueiro? Sentir dor é inevitável, mas ao contrário do que pensamos, ela pode e deve ser tratada.

Dor os diferentes tipos e como tratar

A Associação Internacional dos Estudos da Dor define a sensação como uma experiência física e emocional desagradável, associada ou relacionada a lesão real ou potencial dos tecidos.

Existem dois tipos de dor: aguda e crônica. A aguda, que dura segundos, dias ou semanas, ocorre como um sinal de alerta após cirurgias, traumatismo, queimaduras, inflamação ou infecção. Já a dor crônica ou persistente pode durar meses ou anos. Dores de coluna, fibromialgia, neuropatias, lesões por esforços repetitivos (LER) e câncer também podem gerar esse tipo de dor.

A dor aguda não tratada adequadamente leva à dor crônica e se torna a própria doença do paciente. Conviver com essa sensação não leva apenas ao desconforto - compromete o bem-estar social e emocional do indivíduo, que pode sentir-se isolado, ansioso ou deprimido, além de afetar a produtividade no trabalho, o apetite e o sono.

A expressão da dor e a forma de encará-la variam de acordo com a cultura, as experiências anteriores de cada indivíduo e também com o sexo: as mulheres têm mais tendência a sentir diferentes tipos de dores. Segundo a Dra. Fabíola Peixoto Minson, coordenadora do grupo de Tratamento da Dor do Einstein, as dores são mais prevalentes em mulheres em razão de fatores hormonais, genéticos e sociais. "A dupla ou tripla jornada de trabalho deixa as mulheres com mais chance de desenvolverem dores musculoesqueléticas crônicas", explica. A fibromialgia, por exemplo, acomete 7 mulheres para cada homem com esta queixa.

"Por isso a dor nunca deve ser encarada como normal, algo que seja obrigado a se conviver. Muitas vezes a causa não é encontrada, mas mesmo assim a dor deve ser tratada", explica a médica.

Tratamento multidisciplinar

A principal ferramenta para o médico avaliar algo subjetivo como a dor de um paciente é conseguir que este descreva detalhadamente qual a sua característica, intensidade, localização, fatores de melhora e piora, além dos tratamentos anteriores. Uma escala numérica que varia de 0 a 10 pode ser utilizada para analisar o nível da dor, sendo que zero indica nenhuma dor e 10 a pior dor imaginável. Quanto melhor o paciente explicar sua dor, mais facilmente o médico poderá indicar o tratamento adequado.

Já se foi a época de resolver as doenças e as dores somente com medicamentos. No Grupo de Tratamento de Dor do Einstein, a abordagem é multidisciplinar, ou seja, profissionais de diversas áreas atuam conjuntamente com um único objetivo: eliminar ou controlar a dor, promovendo o bem-estar do paciente. "O tratamento multidisciplinar é a chave do sucesso, pois combina analgésicos e medicamentos com atividades físicas, fisioterapia, psicologia e acupuntura", enfatiza a coordenadora do grupo do Einstein. Já existe também um tratamento pela medicina intervencionista, que atua bloqueando os nervos que levam a dor ao cérebro, aliviando a sensação de incômodo.

O núcleo tem o suporte de psicólogos, neurologistas, fisiatras e fisioterapeutas, e acompanha desde pacientes que passaram por um transplante ou tratamento de câncer até aqueles que apresentam dores nas costas ou dores de cabeça.

Dia Mundial Contra a Dor

Pouca gente sabe, mas 17 de outubro é o Dia Mundial da Dor. Idealizada pela Associação Internacional para o Estudo da Dor, a data tem como objetivo conscientizar a população sobre o tema, cada ano enfocando um aspecto diferente. Em 2011, o tema da campanha é Dor Aguda – Prevenir, Aliviar, Avaliar.

Publicada em outubro/2006
Atualizada em maio/2011





DEPOIMENTOS DE QUEM SOFRE DOR CRÔNICA

LYRICA-Medicamento para Dor Neuropática

Caros  Lesados,hoje passei  pela  minha fisiatra e para variar o assunto foi as famosas Dores Neuropáticas , essas que incomodam  muitas pessoas com  Lesão Medular.

Ela me apresentou um medicamento  novo, o LYRICA (pregabalina), disse que está bons resultados, ainda  não testei, mas fiquei animado e resolvi pesquisar mais sobre ele.Achei  dois artigos sobre esse medicamento  e estou postando abaixo.

Se você têm outras informações sobre o LYRICA, por favor poste aqui.
1-“Pacientes que sofrem de dor neuropática e fibromialgia têm novo tratamento”
Pfizer acaba de lançar Lyrica, primeiro medicamento desenvolvido especificamente para o tratamento da dor crônica com componente neuropático. Melhorar a qualidade de vida de quem sofre com dores generalizadas, formigamento, pontadas, fadiga e noites sem sono. É com esse objetivo que Lyrica (pregabalina) chega neste mês ao Brasil. O medicamento é indicado para o tratamento da dor neuropática e da fibromialgia
– condições que interferem de maneira significativa na vida de quase 9 milhões de brasileiros, fazendo da rotina um sofrimento. Basta imaginar que para algumas dessas pessoas, um simples e prazeroso carinho dói.

Desenvolvido pela Pfizer, Lyrica atua diminuindo o excesso de mensagens de dor transmitidas dos nervos doentes para o cérebro. O medicamento se diferencia por sua ação rápida – reduzindo a dor já na primeira semana de uso. Sua eficácia é sustentada, ou seja, permanece eficaz mesmo quando utilizado continuamente. “Pacientes que sofrem de dor crônica com componente neuropático precisam utilizar medicamentos que continuem eficazes e sejam bem tolerados por longos períodos”, explica João Fittipaldi, diretor médico da Pfizer. Esses pacientes geralmente evoluem com baixa qualidade do sono, que costuma ser interrompido e não reparador. Nesses casos, estudos mostraram que Lyrica resgata a qualidade do sono.

Outra característica de Lyrica é seu baixo potencial de interações medicamentosas, o que facilita o uso em quem já utiliza outros tratamentos. “Pacientes com diabetes, câncer, ou pós-aparecimento de lesões do herpes zoster, por exemplo, frequentemente apresentam dor neuropática”, exemplifica o diretor. “Poder tratar a dor sem precisar interferir em outras terapias que já estão dando resultados positivos, facilita muito a administração do tratamento e beneficia o paciente”, esclarece.

Em relação à segurança, Lyrica possui o maior plano de desenvolvimento clínico para tratamento da dor crônica com componente neuropático, com cerca de 14,5 mil pacientes em estudos. O medicamento é comercializado em 93 países*, já foi utilizado por mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo e é indicado por diretrizes das principais sociedades médicas para o tratamento da dor neuropática e fibromialgia. Nos Estados Unidos, foi o primeiro medicamento aprovado pelo Food and Drug Administration (agência regulatória de medicamentos americana) para tratar especificamente fibromialgia.

Em relação aos eventos adversos, estudos demonstram que cerca de 20% dos pacientes apresentam tontura e leve sonolência relacionadas a Lyrica, mas a maioria desses sintomas desaparece entre 4 e 6 semanas após o início do tratamento. Menos de 3% dos pacientes estudados pararam de usar a medicação devido à intolerância aos eventos adversos.

 

Fibromialgia e dor neuropática: o que os médicos pensam?

Para entender melhor a percepção sobre estas doenças de ortopedistas, neurologistas, endocrinologistas, reumatologistas, anestesistas e fisiatras, a Pfizer encomendou uma pesquisa feita com 240 médicos de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Curitiba e Porto Alegre. A pesquisa indicou que 23% dos entrevistados apresentam dificuldade em diagnosticar a dor neuropática, enquanto 14% têm a mesma opinião em relação à fibromialgia. O percurso dos pacientes também aponta obstáculos: 100% dos fibromiálgicos e 82% dos que sofrem com neuropatia passaram por mais de um médico antes de receber o diagnóstico correto.

 

Após descobrir a causa do problema, o médico precisa escolher o tratamento mais adequado para cada paciente. “Com a chegada da pregabalina, complementamos o conjunto de opções de tratamento existentes atualmente para dor neuropática e fibromialgia, atendendo pacientes de qualquer faixa etária”, aponta Manoel Jacobsen, professor de neurocirurgia do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da USP. Diferentes fatores são importantes para a escolha do medicamento, alguns deles apontados pela pesquisa. No caso da fibromialgia, 100% dos profissionais se preocupam com a melhora na qualidade do sono do paciente ao prescrever o tratamento. Já para dor neuropática, 81% dos médicos apontam a redução das dores em menos de uma semana como atributo importante do tratamento a ser prescrito.

O terceiro passo é acompanhar a evolução do paciente e sua resposta ao tratamento escolhido. Nem sempre é uma tarefa simples, já que os médicos apresentam algum grau de dificuldade para tratar dor neuropática (53%) e a fibromialgia (45%). Os novos medicamentos são importantes justamente para que médicos e pacientes tenham mais opções de tratamento, o que aumenta as chances de melhora.

 


Sobre dor neuropática

A doença é caracterizada como dor crônica, muitas vezes sem lesão aparente.  Ocorre quando há problemas no caminho nervoso percorrido pelos sinais dolorosos. É como se um fio elétrico que transmite a dor entrasse em curto circuito, causando sintomas como queimação, choques, formigamento, pontadas, dormência ou incômodos causados pelo toque de um lençol, de roupa ou água do chuveiro. “Na maior parte dos casos, os pacientes têm restrições relacionadas a atividades profissionais, sociais e culturais por causa da doença”, diz Jacobsen. “Os prejuízos ao indivíduo são enormes”, complementa. Há também dificuldades para o diagnóstico e tratamento da dor neuropática, já que dos 4 milhões de pacientes, estima-se que somente 530 mil são tratados.

 


Ficha Técnica – Lyrica
Lançamento no Brasil  Agosto de 2009
Onde Lyrica está disponível Em 93 países*, entre eles, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Canadá, Chile, Espanha, França, Irlanda, Itália, México, Nova Zelândia, Portugal e Suíça.

Substância ativa pregabalina
Mecanismo de ação Lyrica regula os sinais dolorosos excessivos – consequência de alterações no sistema que controla a dor no cérebro. Lyrica diminui a comunicação de mensagens de dor dos nervos doentes para o cérebro. Quem tem dor neuropática ou fibromialgia possui um sistema de comunicação da dor que trabalha de forma excessiva.
Apresentação Lyrica é comercializado nas apresentações de 75mg (caixas com 14 e 28 cápsulas) e 150mg (caixas com 28 cápsulas).
Indicação Tratamento da dor neuropática e da fibromialgia, doenças caracterizadas por alterações nos caminhos percorridos pelos sinais dolorosos que causam dores em excesso, pontadas, queimação, formigamento, entre outros. As doenças impactam significativamente na qualidade de vida do paciente. O medicamento também tem aprovação da Anvisa para transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e como coadjuvante para o tratamento de epilepsia (neste caso, a partir de 12 anos)
Eventos adversos Estudos demonstram que cerca de 20% dos pacientes apresentam tontura e leve sonolência relacionadas a Lyrica, mas a maioria desses sintomas desaparece entre 4 e 6 semanas após o início do tratamento.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

HOJE FOI FEITA UMA RECARGA

Hoje foi feita mais uma recarga de morfina com o meu medico dr Tiago Silva Freitas agora a próxima recarga será dia 09/11/14, hoje correu tudo bem graças a deus e ao dr Tiago que e muito bom no que faz, na bomba de infusão foram colocadas 21 ampolas de morfina e regulada para 0,8 mg diárias se não fizer muito esforço não cinto nada agora se exagerar o bicho pega e muita dor mesmo, mas com tudo isso ainda recomendo para quem esta em dúvidas se implanta ou não eu digo que sim porque ela realmente ajuda mas antes de tudo procure um bom profissional e pronto 

quinta-feira, 10 de abril de 2014

INDICAÇÃO DA MORFINA COM DR TIAGO SILVA FREITAS

03/04/2011 | 18h10

Indicada para pacientes com dor, morfina pode ter efeitos colaterais

O analgésico pode trazer náuseas e confusão mental

Indicada para pacientes com dor, morfina pode ter efeitos colaterais Carlinhos Rodrigues/Agencia RBS
A morfina pode trazer sérios efeitos colateraisFoto: Carlinhos Rodrigues / Agencia RBS

Morfina. Ao ouvir essa palavra, as pessoas a associam imediatamente à droga ilícita. Não lembram que a substância é um potente analgésico, responsável pelo alívio de milhares de pessoas cujos organismos já não respondem a outros medicamentos. Isso não significa, é claro, que seja inofensiva. O neurocirurgião Tiago Freitas* explica que, por ser muito forte, a morfina pode trazer sérios efeitos colaterais, como náuseas e confusão mental.


Entre os que se beneficiam da substância estão os pacientes de câncer, as vítimas de dor crônica na coluna, os portadores de artrite reumatoide.

— A maioria dos pacientes com tumor maligno terá algum tipo de dor. E 10% deles terão sensações dolorosas mais fortes, necessitando de uma terapia mais agressiva — ensina o oncologista Murilo Buso.

O implante da bomba de morfina é um desses procedimentos considerados extremos.

— O sistema propicia uma melhora significativa da sensação de dor. A adoção do equipamento, porém, é feita de modo extremamente criterioso. O uso é indicado para quem não apresenta controle do seu quadro doloroso com outras terapias e tem intolerância ao uso de medicações — esclarece Freitas.

A cirurgia impacta a rotina do paciente. Por exemplo, as bombas podem disparar alarmes de detecção de metais em aeroportos.

Segundo o médico, a pessoa deve carregar sempre o seu cartão de identificação. O detector de metal não irá influenciar no funcionamento do sistema. O neurocirurgião garante: exames de raios X e tomografia não danificam o aparelho. Todavia, antes da realização de ressonância magnética, o médico deve fazer ajuste no sistema da bomba, de modo a não danificar o aparelho de infusão.

Menos dor

Entre os pacientes que se beneficiam da substância estão os pacientes de câncer, as vítimas de dor crônica na coluna, os portadores de artrite reumatoide.

Palavra do especialista

Há testes para definir se a pessoa pode usar o sistema de liberação de morfina?
Sim. A pessoa é submetida a uma avaliação neuropsicológica prévia que determinará se ela pode ou não receber a medicação. Antes do implante da bomba, o médico deve realizar um teste com o cateter externo para verificar tanto a resposta à medicação quanto possíveis efeitos colaterais.

E quais são esses efeitos?
Além de complicações cirúrgicas, a pessoa pode apresentar sinais de alta ou de baixa dose: náuseas, vômitos, sonolências, coceira e confusão mental. Por isso, é importante o teste com cateter externo antes do implante definitivo. Essa avaliação dura cerca de quatro dias e é realizada com o paciente internado em um hospital.

Quais complicações podem ocorrer?
Em casos raros, lesão direta da medula devido à colocação do cateter, causando piora da dor ou piora da força muscular nos braços ou nas pernas. Em raríssimas circunstâncias, pode ocorrer uma inflamação na ponta do cateter, o que exige nova cirurgia para a correção do problema. Em alguns casos, uma cefaleia por punção pode ocorrer em virtude do vazamento do líquor.
O paciente pode deixar de repor a dose necessária de morfina por conta própria?
Um alerta a esses pacientes: nunca deixe de recarregar o sistema. O funcionamento do aparelho sem medicação pode causar dano permanente. A interrupção abrupta também pode provocar sinais de moderados a graves de abstinência da morfina. As bombas com bateria têm em seu programa um alarme que avisa quando a medicação está se esgotando. A pessoa deve, então, procurar o médico.

*Tiago Freitas é neurocirurgião do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), especializado no tratamento de dor